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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Melhores cenas trash - parte 1



Para fazer a introdução, gostaria de compartilhar minha paixão por filmes trash, eu ficaria dias e dias assistindo todas as minhas pérolas cinematográficas preferidas do submundo do terror. Um estilo involuntário na maioria dos casos e hoje cultuados por um público que idolatram bizarrices e se divertem com tudo isso, (meu caso claro). Nós, amantes do cinema B sempre defendemos que existe uma magia nessas produções, que muitas são ''tão ruins, que chegam ser ótimas''. Existem muitos filmes bons nessa vibe, mas ainda trash, pelas suas produções de baixo orçamento, efeitos precários/artesanais, o impacto visual pra disfarçar a falta de recursos, muitos risos involuntários e os clássicos exageros: gritos, muitos gritos, tripas e cabeças voando e litros de sangue por todos os lados. Uma maravilha! A criatividade sempre reina, os criadores colocam as mãos na massa, precisam se virar com o que tem e nessa brincadeira poderia citar milhões de exemplos de ótimas cenas que dão um banho em produções atuais que infelizmente as pessoas supervalorizam e torcem o nariz para o que foi produzido no passado.  No cinema de horror B as coisas acontecem, existe a quase extinta liberdade criativa e são totalmente independentes. Muitos filmes que são lembrados hoje dia são produções B e maioria desconhece o fato.  Destaco também que esses filmes são atmosféricos, os climas são bem trabalhados e faz você entrar na história, sentir medo com o  personagem que se encontra num ambiente por exemplo com pouca luz, seja um jardim a noite, dentro de casa, na floresta etc. São bem detalhados e mostram com perfeição cada passo do personagem, a câmera acompanhando qualquer movimento só pra deixar o telespectador agoniado, close no rosto, suspenses que realmente brincam com nosso imaginário.




Eu considero uma arte de primeira grandeza, criar de forma independente, ter muitas ideias e colocar em prática de modo ''caseiro''. Deve ser uma experiência maravilhosa fazer parte de uma produção assim. Um universo apaixonante que usa de materiais verdadeiros, seja papelão, isopor, tinta, bonecos e afins. Claro que filmes atuais também trabalham com tudo isso, mas a dependência da computação gráfica, o trabalho manual foi perdendo o espaço. Ainda bem que temos uma vasta lista de filmes que fizeram parte desse universo para o nosso prazer.

Aproveitando o post deixo alguns exemplos: Halloween de 1978, Sexta-Feira 13 de 1980, Evil Dead de 1981 e The Slumber Party Massacre de 1982. Todos nesse estilo de estética que eu valorizo muito! Atualmente um filme que trabalhou bem esse tipo de suspense foi The Conjuring de 2013.


Nesse estilo ainda entra os filmes obscuríssimos e mais pra frente, pretendo fazer uma lista de filmes B, C (rs) que caíram nessa obscuridade e os que já nasceram assim.


Para iniciar, vou falar de Deadly Friend de 1986, A Madição de Samantha no Brasil. O filme é de Wes Craven e mesmo com orçamento superior aos filmes da época, é sim, uma produção barata e com o estilo clássico da década.




No centro desta trama está o jovem Paul Conway, um pequeno gênio da ciência, recém-chegado a uma cidadezinha para estudar formas de inteligência artificial na universidade local. Uma de suas realizações de alta tecnologia chama-se "Bee-Bee", seu incrível robô de estimação, dotado até de voz. E uma de suas novas amigas é a encantadora vizinha Samantha. Quando trágicos acidentes lhe arrebatam "Bee Bee" e Samantha de uma só vez, Paul, com seu talento, decide recuperar o amor perdido. E como um moderno Dr, Frankstein, ele, descobre tarde demais que criou um monstro alucinado.









A Maldição de Samantha é um divertido terror juvenil, muito explorado na época e teve seu início popular em meados de 1978. Tem uma certa dose de romance nos primeiros momentos entre os personagens principais: Matthew (Paul Conway) e Samantha ( Kristy Swason). Em seguida surge o suspense e o terror típico oitentista acompanhado de algumas cenas bem gore. Uma mistura de romance, comédia, suspense e terror. Os atores são ruins, mas super normal em filmes de terror dos anos 80 e Kristy Swanson é linda, sua beleza enche a tela.



Muitos consideram o filme fraco, entediante e vale apenas pela cena que Samantha mata sua vizinha de forma bizarra. Eu acho a trama interessante, claro que não é nenhuma maravilha, mas é curioso e estranho. O longa foi baseado no conto Friend de Diana Henstell (1985).



A cena em questão é memorável, considero uma das melhores cenas trash de todos os tempos. É falar no filme que a galera mais atenta lembra da Samantha estourando a cabeça da vizinha briguenta com uma bola de basquete. Eis a pérola:




Wes Craven ao lado do boneco que utilizou na cena

Lembro que assisti o filme quando era criança no SBT e fiquei com medo, perturbado e nas minhas pesquisas depois de grande, achei o filme. Nota-se que é bem feita e totalmente manual, sem uso de computação gráfica. Depois que a velha explode tem um momento que denuncia os recursos limitados da cena, mas o ''boom'' mesmo é brilhante, espetáculo visual! Acredito que muitos que viram pela primeira vez ficaram um pouco chocados! rs

A cena é praticamente tudo que citei durante o post: uso de boneco, muito sangue, gritos, situação exagerada e atuações ruins com todo um desequilíbrio que faz dessas produções grandes obras-primas marginais.

Em breve mais cenas!


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Top 10: temas de aberturas de novelas


Os anos 70 e 80 foram muito significativos para a teledramaturgia brasileira. Histórias/aberturas criativas e as trilhas sonoras selecionadas que deram identidades as produções. Atualmente são lembradas com muito carinho pelos saudosistas que viveram a época de ouro da dramaturgia da Rede Globo e para os apreciadores e pesquisadores de décadas passadas e suas magias perdidas. Aí eu entro na história.

Se for falar como um todo, atualmente as trilhas sonoras vem deixando muito a desejar: músicas repetidas, supervalorização de artistas com costas quentes e a busca incansável por audiência, inserindo músicas aleatórias de sucesso, só pra chamar a juventude atual que vive  alucinada para frente da TV e vangloriar ídolos genéricos. É triste notar quando a canção não tem nada a ver com tal personagem.

80% dos temas de aberturas atuais particularmente não me agradam, são escolhas muito equivocadas, nunca vou entender, mesmo! Alguns exemplos: funk carioca, sertanejo e regravações capengas... realmente não dá! Por isso fiz um top 10 com temas de aberturas que eu adoro e nunca me canso. É a parte da trilha sonora que sempre me chama atenção, é uma forma de apresentar o produto, musicalmente e também o trabalho de arte envolvido na abertura. Bom vamos lá:



#1
Novela de Cassiano Gabus Mendes (1982)



#2
Novela de Daniel Más (1987)


#3
Novela de Cassiano Gabus Mendes (1979)


#4 


Novela de Gilberto Braga (1978)

#5

Novela de Cassiano Gabus Mendes (1980)


#6

Novela de Lauro César Muniz e Daniel Más (1983)


#7

Novela de Silvio de Abreu (1983)


#8


Novela de Cassiano Gabus Mendes (1983)


#9

Novela de Daniel Más (1985)


#10
Novela de Cassiano Gabus Mendes (1978)

domingo, 13 de julho de 2014

Tim Maia Disco Club


Ao falar de DISCO music, logo vem na mente os grandes hits internacionais, e com razão, lá fora que foi O BADALO. Aqui, em terras tupiniquins também teve seu momento com o fervo áureo que só os anos 70 soube proporcionar no mundo da música pop. Com pouco impacto, nosso país  também tem seu lado DISCO e merece nosso carinho. 

Um dos grandes momentos aqui no Brasil foi a novela Dancin' Days de 1978, que lançou moda, ditou costumes e as músicas de discoteca dominavam. A trama de Gilberto Braga foi um verdadeiro marco e atravessou gerações com muita força. A reprise no canal Viva é a prova disso.

Poderia citar alguns artistas brasileiros que entraram na onda DISCO, mas fica para uma próxima postagem quando eu falar do assunto como um todo, agora vou compartilhar com vocês uma maravilha do estilo e com um certo ar de obscuridade que me atiça demais. 

Em 1978, Tim Maia lançou o álbum Tim Maia Disco Club, com a DISCO bombando naquela época, foi um mergulho certeiro e teve seu lugar ao sol. O álbum  hoje em dia tem atenção do público amante de preciosidades perdidas no tempo e diante de tantos discos que até hoje são comentados, posso dizer que o álbum não é mais valorizado.




Acho o álbum excelente, faz parte das minhas trilhas sonoras de rotina, daqueles que você não pula faixa. As instrumentais, os ritmos nada deve aos hits americanos, tudo muito bem produzido, ou seja, eu dançaria e muito na época, sem contar o grande artista que foi Tim Maia. Alguns arriscam dizer que foi um dos últimos suspiros de criatividade do cantor carioca.

A obra começa com três candidatos a hits, são elas: A Fim de Voltar, Acende o Farol e Sossego, sendo que o terceiro curiosamente tornou-se um dos maiores sucessos da carreira de Tim Maia. As outras músicas são do mesmo nível e interessante notar como as faixas se intercalam. São dez faixas com uma ótima fórmula do sucesso (pelo menos funcionou até a era disco se esvair): músicas dançantes e baladinhas. É o disco em que ele seguiu perfeitamente essa regra.



FAIXAS:

LADO A:

1. A Fim de Voltar
2. Acenda o Farol
3. Sossego
4. Vitória Régia Estou Contigo e Não Abro
5. All I Want

LADO B:

1. Murmúrio
2. Pais e Filhos 
3. Se me Lembro Faz Doer
4. Juras 
5. Johny


Os dois álbuns seguintes ainda segue nessa fase, até 1980, mas é esse álbum que tem a essência DISCO, não desmerecendo os outros, claro, mas o post foi para este, que é meu preferido.

A canção que eu mais gosto é A Fim de Voltar, eis a preciosidade: 

                                     

Enfim, acho o álbum adorável, tem toda magia que a DISCO proporcionou. 




quinta-feira, 10 de julho de 2014

Woody Allen nos anos 70



Sou um grande admirador do Woody Allen e através deste artigo espero conseguir expressar minha total admiração por ele. Tenho um enorme carinho por 3 filmes dele dos anos 70, não desmerecendo os outros da mesma década, até seus trabalhos irregulares ainda possuem qualidades e dignos de total atenção dos amantes de cinema.  Vou comentar dos filmes que de alguma forma 'mudaram minha vida', sem radicalismos, apenas serviram para ver o mundo de uma forma diferente, mesmo de uma maneira simples, um aprendizado. 



Vou começar pela comédia romântica, (arrisco dizer que é talvez o melhor filme do gênero) e também dividiu a carreira de Woody Allen: o clássico Annie Hall de 1977. No Brasil  recebeu o título esdrúxulo Noivo Neurótico e Noiva Nervosa. O estilo do longa é revolucionário e apresenta momentos bons e ruins na vida de um casal ''fora da casinha''. A deliciosa história de amor entre Alvy Singer e Annie Hall, interpretada pela magistral Diane Keaton. O filme se desenvolve com muita sofisticação e inteligência, amo todos os diálogos e as situações de identificação. Woody Allen cria um tipo de personagem neurótico viciado em psicanálise e não mede esforços com suas irônicas observações sobre o amor e sexo. Todos nós somos um pouco de tudo que é apresentado nessa história de uma simplicidade genial.


Diane Keaton sempre muito carismática

Adoravelmente problemáticos e realistas, aqui estamos diante de uma felicidade que não é precisamente fruto de algo idealizado. Essa é uma das lições que eu tiro do filme, é  uma visão de mundo que sempre me coloca a refletir. Woody Allen sabe como ninguém falar sobre relacionamentos. Talvez o único que consegue falar do tema, explorando o lado cru e simples das situações desse mundo tão complicado, ou a gente que complica? É ele sendo ele mesmo. Com a trama de Annie Hall tão vanguarda, considero obrigatório, uma aula sobre a vida e até mesmo para abrir nossos olhos/criar vergonha na cara e procurar resolver o que fingimos estar tudo bem, sempre nos escondemos da vida em algum momento. O longa é um choque de realidade, uma luta constante de sobrevivência no mundo real visto numa obra de ficção tão sensacional e com muito humor. 

     
Woody Allen e Diane Keaton em cena, um clima apaixonante


"must of us need the eggs..."


Aproveitando o embalo, deixo a sátira que o sitcom That '70s Show fez do filme, aliás, a atração ao longo de sua exibição fez muitas sátiras geniais com a cultura pop dos anos 70. 


                                      






Arthur decide abandonar sua esposa Eve e revira sua família de cabeça para baixo, agravando ainda mais os problemas de relacionamento que suas três filhas tinham entre si e o resto da família. A partir disso, Interiors de 1978, no Brasil Interiores o clima pesado prevalece, mas não é um ponto negativo, é o que faz o filme  acontecer. Opressivo  e intenso, uma forte referência aos dramas dirigidos por seu maior mestre, Ingmar Bergman. Com boas doses de reflexões sobre a família e suas relações imprevisíveis, as três irmãs da trama convivem com uma dura realidade: a separação dos seus pais, divórcio que está sufocando e matando Eve, a mãe delas. Aqui estamos diante de uma família, um tema tão rico e universal. O filme incomoda e muito.





Voltando ao contexto da trama, tudo é tão vazio, gélido e espaçoso, sobram sentimentos, é um espetáculo para quem gosta de sentir, pensar e se envolver em complicadas relações realistas sob uma visão única. A forma que Woody Allen conta suas histórias é um dos motivos para eu ser um apaixonado por cinema. Os sentimentos não estão vivos, o que é para ser dito muitas vezes o silêncio domina. É nesse silêncio de palavras que existe um trabalho magnífico na dor presente nesta família.




É um filme diferente de Woody Allen, ele arriscou e acertou, seu humor conhecido que dominava seus filmes anteriores ficou de lado com planos estáticos. Um trabalho tão artístico e delicado, principalmente por estar inserido o luto, dor e angustia, sentimentos merecedores de muito destaque em qualquer dramaturgia e tão presentes em nossas vidas, são eles que nos movem e vão construindo quem somos. Interiores trabalha muito bem essa temática avassaladora. Um filme especial, porque seus caminhos não são confortáveis, genéricos e aqui as pessoas não vão olhar apenas a ''ponta do iceberg''. O trabalho de Allen é sereno, um mergulho na dor, na tentativa de entender o silêncio que fica entre diálogos. Diane Keaton mais uma vez presente, maravilhosa como sempre, tudo que ela faz consegue cativar.


"All the beautifully furnished rooms, carefully designed interiors, everything's so controlled. There wasn't any room for any real feelings"




Manhattan de 1979 tem o que há de melhor em filmes românticos, contando a história de um homem apaixonado por Nova York, que cai de amores pela mulher de seu amigo. Existe mais uma vez a  homenagem à cidade de Nova York, não limitando apenas como um pano de fundo. A cidade é também uma personagem, uma coadjuvante de luxo para uma trama ágil e divertida. A fotografia é belíssima, trabalho de Gordon Willis, (O Poderoso Chefão). Woody Allen cria aqui seu filme visualmente mais belo, os personagens, suas interações, é uma delícia de acompanhar e as vivências cotidianas de pessoas que mais uma vez poderia ser qualquer um de nós. A cena final é de um encanto que sempre me emociona!





 

É o cotidiano de uma grande cidade, diálogos maduros, rápidos e bem temperados e claro o humor sempre acima de tudo. A ironia, felicidade em variadas formas, angustia e o essencial questionamento sobre a vida é misturado, é Woody Allen! Atemporal!




Somos todos frágeis, confundimos tantas coisas com amor e também inseguros e neuróticos, ou seja: seres humanos. 

A  fotografia é preto-e-branco, consegue trazer todo o romantismo que o cinema perdeu ao longo das décadas. Mesmo em situações que poderiam ser dramáticas, conseguimos lê-las sob o prisma cômico. Tocante e inspirador.

Meryl Streep lindíssima e novinha ao lado de Woody Allen.

Muitas pessoas em nossas vidas, principalmente as próximas, se corrompem a troco de nada e por motivos tão fúteis e até mesmo inexplicáveis que ao longo da vida perdemos nossa confiança com o mundo principalmente no nosso círculo de amizade. Mas de alguma forma que só mesmo a vida para nos mostrar aqueles que realmente amamos e são dignos de nossa confiança, carinho e respeito.


Enredo simples porém muito cativante. Deslumbre inigualável.





" You have to have a little faith in people"


quarta-feira, 9 de julho de 2014

''Eu sou Paty'', ''Pa mim?''

Ela é tímida, uma graça, chega na vila com sua tia, arranca suspiros do Chaves e Quico e desperta ciúmes na Chiquinha. Ela mesma, a Paty, personagem que apareceu em alguns episódios na  temporada de 1978.


Paty no episódio ''As Novas Vizinhas''

A personagem teve 4 versões, tema para uma futura postagem e muito  interessante de se explorar, mas agora irei falar dessa que é a mais conhecida no Brasil, e claro, reprisado inúmeras vezes pelo SBT. A personagem devido ao seu carisma continuou no programa, participou de  outros episódios no ano seguinte, (do restaurante por exemplo, quando o programa já estava em decadência na sua última temporada da séria clássica em 1979).


Antes de fazer parte do elenco de Chaves, Ana Lillian de la Macorra era  assistente de produção do programa, ou seja sempre atrás das câmeras. Roberto Gómez Bolaños (Chaves), tinha feito testes com várias atrizes, inclusive consagradas na época, mas ao observar Ana Lillian de la Macorra percebeu que era ela o que ele tava procurando,  a convidou pra fazer parte da atração com personagem Paty, argumentando que ela tinha um rosto angelical, era meiga e tinha carisma para TV.  Foi então que ela veio a se tornar uma das personagens secundárias mais lembradas do seriado.


Ana Lillian de la Macorra creditada no final de um episódio antes
de viver a personagem Paty.








''As Novas Vizinhas'' são os episódios da Paty que os brasileiros mais tem conhecimento. Glória chega na vila pra morar com sua sobrinha, claro que a confusão está instalada naquela humilde vila de periferia. Os grandes momentos são: a interação do Chaves com sua nova vizinha, o Seu Madruga paquerando a Glória e o ciúmes feat inveja da Chiquinha, confesso que eu fico com peninha dela, pelo contraste social entre as duas. O mais interessante não só nesse episódio, mas todos da série, a inocência prevalece, independente do que é apresentado em situações, com suas criticas sociais sutis, nunca foi nada ofensivo ou ultrapassando o contexto da atração: a infância, na sua melhor época, com brincadeiras de rua, o lado lúdico e os mais variados sentimentos que no final ou até mesmo antes já estão todos juntos brincando e se divertindo.




Personagem num episódio da escolinha

Até 2012 o mundo não sabia do paradeiro da atriz Ana Lillian de La Macorra (55), interprete da namoradinha do Chaves. Ela era a típica artista conhecida por apenas um trabalho e levava uma vida reclusa, deixando os amantes do programa curiosos. Algumas pequenas informações no Wikipédia, que geralmente não se pode acreditar 100% dizia que ela estava vivendo na cidade do México, casada e escritora.
 






Então, em 2013 para a surpresa dos fãs, ela concedeu uma entrevista para um canal de TV peruano:





É claro que eu fiquei bobo quando assisti pela primeira vez, não é novidade pra ninguém que sou amante do seriado Chaves e tudo que envolve a atração me fascina. Ela tá uma senhora muito linda, aliás, parece que de 1978 pra cá, se passaram uns 5 na sua vida. Adorei tudo que foi apresentado, uma surpresa que vai ficar pra sempre no meu coração.




Em 1980 ela largou a Televisa e se mudou para os Estados Unidos pra estudar Psicologia, deixou claro que não queria mais ser atriz, sua carreira foi breve mas muito significativa.


Recentemente voltou ao México para exercer sua real profissão (Psicóloga), o  sucesso com a personagem ajudou abrir espaço em várias revistas científicas do país, onde ela escreve artigos sobre comportamento até hoje.





A ex-atriz e agora psicóloga também carrega uma responsabilidade social no seu dia a dia: comprou uma casa sustentável no campo, que fica uma hora da capital mexicana. A casa onde vive com o marido, os dois filhos e vários cachorros da raça Pastor Alemão, tem energia renovável e é toda feita de madeira em estilo vitoriano. Ousado e interessante, não?

Pra terminar, desejo sempre o melhor pra nossa querida Ana Lillian de la Macorra, que aparenta ser uma excelente profissional!




domingo, 6 de julho de 2014

Fliperama, um paraíso que se perdeu no tempo





Passei toda minha adolescência em fliperamas, verdadeiro paraíso nerd e só tenho boas lembranças. Na época (início dos anos 2000 e época de ouro da cidade de Balneário, era só andar uma ou duas quadras que tinha um fliperama esperando por você, seja no shopping ou esquinas. Tinha dias que eu não jogava e só de reunir os amigos num típico final de semana adolescente era proveitoso e muito divertido, ganhava o dia. Hoje em dia tenho contatos com alguns que fizeram parte desses momentos mágicos, poucos claro, não são todos que permanecem em nossas vidas.

Meus jogos preferidos eram Simpsons Arcade, jogos de tiros em geral (não lembro os nomes) e a clássica absoluta Pump It Up, fantástico simulador de dança. Na época todos que dançavam eram celebridades do shopping, em segundos o ambiente lotava de pessoas, nunca um jogo gerou tanta curiosidade, era uma novidade que dividiu a história do Atlântico Shopping. O mais legal que sou da época do primeiro CD, as músicas eram simples mas contagiantes, criativas e hoje em dia nada me agrada, ficou bem ''zuado''. Bons tempos que eu fui até expulso por fazer bagunça, ganhava fichas ''sem querer querendo'', jogava muito e muitas vezes não levava dinheiro, eu era uma cobra criada nesse mundo (risos).




o simulador tinha 5 passos, dependendo da escolha do jogador poderia usar os dois lados.



Pump It Up é uma máquina de simulação de dança, criada pela empresa sul-coreana Andamiro em 1999. Seu sucesso no Brasil foi no início dos anos 2000, trouxe muita gente que nem era de fliperama a entrar no mundo de jogos, um marco!

Não me recordo a data, mas participei de um campeonato com grandes jogadores de Pump It Up de Santa Catarina e fiquei em 3ª lugar, sim tenho muito orgulho.

Tenho carinho muito especial pelo jogo, nunca mais joguei, mas sempre lembro o quanto eu fui feliz e soube aproveitar meus fins de semana fazendo o que gostava.





Com o tempo, os fliperamas foram se esvaindo, dando lugar aos prédios de luxo e até mesmo comércios mais lucrativos. Sobrou apenas em shoppings da cidade, só que,  hoje em dia são espaços para crianças, infantilizou de vez e passo longe! O que mais me deixa triste são os fliperamas de esquina, todos deixaram de existir, BC virou uma selva de pedra, infestada de  construtoras e pessoas ambiciosas que estão tirando o brilho de um lugar que já foi maravilhoso em todos os sentidos. Foi uma época muito boa, simples e até mesmo inocente, a diversão com os jogos, ter um amigo por perto era mais importante que tudo. Lembro com muita alegria, os momentos mais significativos por exemplo colocar a ficha na máquina (escutar ela caindo lá no fundo), fingir que tá jogando enquanto passa a apresentação do jogo, ficar andando pelo fliperama, conversando e conhecendo pessoas, acredito que foi o último grande suspiro de diversão sadia na cidade.



em 2012 matando a saudade.