No auge do subgênero slasher foram muitos lançamentos, inclusive no submundo do terror. Obras que hoje estão no hall de obscuridades, totalmente esquecidos que podem até feito sucesso na época mas não resistiram ao tempo. Resgatei alguns títulos no meio de milhões de produções esquecidas que eu assisti recentemente e merecedoras de uma atenção específica. Não marcaram gerações, não tem atores brilhantes, as produções são baratas, mas com aquela boa e velha vontade de fazer cinema de terror: assustar e abusar de arte gráfica como todo trash movie tem que ser. Nós apreciadores de obras marginais agradecemos!
4) Unhinged - 1982
Três garotas que estavam indo para um festival de jazz, após pegaram o caminho errado, batem o seu carro em uma floresta isolada durante uma tempestade e são resgatadas por uma família misteriosa em sua antiga mansão. Mas o que as meninas não sabem, é que a família tem um passado obscuro e guarda macabros segredos.
Unhinged é um filme muito atmosférico, com bons ângulos e uma boa locação. Durante todo mistério da trama se torna decepcionante, quase nada acontece, as mortes são chatas e nem um bom suspense é trabalhado dentro de um cenário tão avassalador e com ingredientes para fazer um bom clichê juvenil de terror. É uma obra mais exploitation, com um orçamento baixíssimo. O filme caminha para um desfecho nos últimos minutos que não empolga, apesar do seu valor na trama. Vale pela curiosidade de se ver algo ruim perdido no buraco negro de obscuridades do terror.
O longa foi filmado na mansão Pittock, localizada em Portland, Oregon. Sua estética renascentista chama mais atenção no filme que a própria história. Sua construção é de 1909 e foi cenário de escândalos dos moradores em 1911. Não cabe discorrer aqui. Não tive interesse.
3) The Mutilator - 1985
Ed foi abandonado pelo pai aos 8 anos, depois de ter matado acidentalmente sua própria mãe. Anos depois, seu pai pede ajuda para arrumar a casa de praia com outros amigos. O que deveria ser divertimento, se transforma em puro terror.
The Mutilator foi lançado diretamente em VHS no ano de lançamento. O plot é chato, atores totalmente desconhecidos e sem registros na internet, direção amadora, contando com algumas cenas gores sem muita criatividade. A imagem é feia, mas pode ser vista com olhar de nostalgia para alguns. É um filme totalmente bobo e desde o início já sacamos seu desfecho, sem contar o desenvolvimento cansativo! O início pode até animar, com os jovens indo para a casa de praia, mas com toda marginalidade da obra, podemos dizer que é ''apenas mais um'' no hall de esquisitices oitentistas do terror. Os curiosos de plantão podem adquirir hoje em dia em DVD.
2) Home Sweet Home - 1981
Um perigoso paciente foge do sanatório no Dia de Ação de Graças, rouba um furgão na estação e segue para Bradleys, onde acontecerá uma grande celebração.
Não tem como levar este filme a sério. É um delicioso humor involuntário. O grande vilão e assassino é totalmente caricato, grandalhão e 'bombado', que mata de uma forma muito estranha e tosca. A todo momento, com suas caretas e gestos parece que saiu de algum desenho animado. O filme é bem precário, quase um SOV; m as tem seus bons momentos. Pra ser mais claro, poderia ter sido dirigido por Ed Wood.
1) The Prowler - 1981
Em 1945, um veterano da Segunda Guerra Mundial retorna para casa, em Avalon Bay, New Jersey, para encontrar sua namorada que terminou com ele e está saindo com um novo homem. Ele decide matá-los na dança de graduação.
35 anos depois da primeira dança, desde o acontecimento, o assassino está de volta e começa a matar as pessoas que vão à festa. Por outro lado, o xerife Gerge Fraser está no ''annual fishing trip'' e deixa a cidade para o diretor Mark London, que investiga as matanças com sua quase namorada Pam McDonald.
The Prowler segue uma premissa muito interessante, mas que acaba ficando óbvio no seu decorrer. De todos citados aqui, esse é o mais ''sério'', e tem toda uma estrutura mais elaborada, mesmo com orçamento baixo, só que um pouco superior aos outros lançamentos da época.
Nesta obra, a maquiagem fica por conta do excelente e realista Tom Savini, que fez bonito também em Sexta-feira 13 de 1980, usando um gore muito vanguardista pra época, causando incômodo pela sua excelência em criar efeitos de mortes brutais. O saldo do filme é positivo, sua violência gráfica é forte e totalmente chocante para a época.
The Prowler surpreende um pouco mas não se tornou nenhum clássico, muito menos cultuado.
O longa tem o seu valor no mundo do terror. Mesmo derrapando no seu desenvolvimento eu super indico para um fim de semana chuvoso. Quem tiver interesse em se aprofundar existem muitas críticas pela internet em blogs e sites gringos.
O plano final de The Prowler remete a sustos clássicos do cinema, quando estamos acomodados achando que está tudo resolvido e surge uma cena para assustar e fechar a trama. Algo parecido com o já citado Sexta-feira 13, com a icônica cena da Alice na canoa.